Material characterization and restoration of mural paintings of El-Muzzawaka Tombs, Dakhla Oases, Egypt
Resumo
O presente estudo mostra os procedimentos científicos aplicados ao estudo de pinturas murais de duas tumbas greco-romanas de El-Muzzawaka, Dakhla Oásis, Egito. Numa primeira fase aplicaram-se diversos métodos analíticos para determinar a composição química e mineralógica de amostras de pigmento e gesso recolhidas das tumbas estudadas. As análises foram realizadas por meio de microscopia ótica (OM) digital, microscopia de luz polarizada (PLM), microscopia eletrónica de varrimento acoplada a detector de raios X (MEV - EDS), análise por difração de raios X (DRX) e espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR). As análises das amostras de pigmento revelaram azul egípcio, verde egípcio, terra verde, magnetita preta e ocres vermelho / amarelo. As pinturas foram aplicadas sobre uma camada de gesso grosso constituída por gesso, anidrite, calcite e quartzo. A camada de preparação é composta por duas fases de sulfato de cálcio (gesso e anidrite). Além disso, o recurso à técnica a têmpera é confirmada pela deteção de um aglutinante orgânico, a goma-arábica. Os resultados mostraram que as amostras de leito rochoso contêm quantidades variáveis de quartzo, anidrite, montmorilonite, caulinite, gesso e cloreto de sódio (halite). As observações in situ mostraram várias formas de deterioração nas pinturas murais estudadas. A condição climática destrutiva da região e os defeitos da estrutura rochosa têm contribuído seriamente para o processo de deterioração. Com base em testes experimentais forma usados múltiplos procedimentos de restauro, designadamente limpeza, fixações, consolidação por injeção, reconstrução de partes do gesso em falta, reparação de fissuras abertas e consolidação protetora final das superfícies pintadas. Além disso, foram discutidas recomendações para minimizar quaisquer danos futuros.
Downloads
Referências
ABDEL AAL, SH. (2019). Investigation and identification of Mural paintings' materials and techniques in Ain El-Lebekha, Egypt- part one, Egyptian Journal of Archaeological and Restoration Studies, 9(2), pp. 171-181.
ALI, M.F. (2003). Comparison study of Blue and green pigments from the third intermediate period till the Greek Roman Period, Egyptian Journal of Analytical Chemistry, 12, pp. 21-30.
BAGLIONI, P., DEI, L., PIQUÉ, F., SARTI, G., AND FERRONI, E. (1997). New autogenous lime-based grouts used in the conservation of lime-based wall paintings, Studies in Conservation, 42(1), pp. 43-54. https://doi.org/10.1179/sic.1997.42.1.43
BASHENDI, M. (2009). “Cemeteries in Dakhlah”, In Proceedings of the 6th International conference of the Dakhla Oasis project, New perspectives on the western Desert of Egypt, Bagnall, R.S., Davoli, P., Hope, C.A (eds.), 20-24 September, Universitá del Salento, Lecce, pp. 255-260.
BOOZER, A. L. (2020). The Urbanisation of Egypt’s Western Desert under Roman Rule. In STERRY M., MATTINGLY, D. (Eds.), Urbanisation and State Formation in the Ancient Sahara and Beyond, Trans-Saharan Archaeology, Cambridge: Cambridge University Press, 147–186. doi:10.1017/9781108637978.005
BRØNS, C., RASMUSSEN, K.L., DI CRESCENZO, M.M., STACEY., R., LLUVERAS-TENORIO , A. (2018). Painting the Palace of Apries I: Ancient binding media and coatings of the reliefs from the Palace of Apries, Lower Egypt, Heritage Science, 6(6). https://doi.org/10.1186/s40494-018-0170-9
DURCHUK, L., GATTO ROTONDO, G., SWAENEN, M., WOROBIEK, A., TSYBRII, Z., MAKAROVSKA, Y., VAN GRIEKEN, R. (2011). Composition of prehistoric rock-painting pigments from Egypt (Gilf Kébir area), Spectrochimica Acta A., 83, pp. 34-38. https://doi.org/10.1016/j.saa.2011.06.054
EL-DESOKY, H., EL-RAHMANY, M., FAROUK, SH., KHALIL, A., FAHMY, W. (2015). Geochemical characteristics of goethite-bearing deposits in the Dakhla-Kharga oases, Western Desert, Egypt, International Journal of Scientific Engineering and Applied Science (IJSEAS), 1(8), pp. 72-85.
HARRELL, J.A. (2014). Stone in Ancient Egypt, Encyclopaedia of the History of Science, Technology, and Medicine in Non-Western Cultures https://doi.org/10.1007/978-94-007-3934-5_9176-2 #
HARRELL, J.A. (2017). Amarna gypsite: A new source of gypsum for ancient Egypt, Journal of Archaeological Science: Reports, 11, pp. 536-545. https://doi.org/10.1016/j.jasrep.2016.12.031
HATTON, G.D, SHORTLAND,J., TITE, M.S. (2008). The production technology of Egyptian blue and green frits from second millennium BC Egypt and Mesopotamia. Journal of Archaeological Science, 35(6), pp.1591-604. https://doi.org/10.1016/j.jas.2007.11.008
HEDEGAARD, S.B., DELBEY, T., BRØNS, C. et al. (2019). Painting the Palace of Apries II: ancient pigments of the reliefs from the Palace of Apries, Lower Egypt, Heritage Science, 7 (54). https://doi.org/10.1186/s40494-019-0296-4
HELMI. F. (2000). Geoegyptology of Al-Muzawaka Tombs, Dakhla Oases, Egypt. In The 9th international on congress on deterioration and conservation of stone, Venice, June 19-24, pp. 99-107. http://dakhlehoasisproject.com/
KEMP, J. (2009). Fills for the Repair of Marble A Brief Survey, Journal of Architectural Conservation, 15(2), pp. 59-78. https://doi.org/10.1080/13556207.2009.10785048
LEE, K.M., MOON, H.Y., YU, Y.G., KIM, S.K. (2018). Experimental Study on Poultices Applying to Remove Fixative (Paraloid B72) on Earthen Mural Painting, Journal of Conservation Science, 34(6), pp. 569-580. https://doi.org/10.12654/JCS.2018.34.6.12
MAREY MAHMOUD, H. (2010). Archaeometric and Petro-Mineralogical Remarks on Damaged Egyptian Wall Paintings, El-Qurna, Necropolis, Upper Egypt, Archeometriay Műhely, pp.149-156.
MAREY MAHMOUD, H. (2014). Investigations by Raman microscopy, ESEM and FTIR-ATR of wall paintings from Qasr el-Ghuieta temple, Kharga Oasis, Egypt, Heritage Science, 2(18) https://doi.org/10.1186/s40494-014-0018-x
MAREY MAHMOUD, H., Hussein, M., Brania, A. (2019). Pigments and plasters from the Roman temple of Deir El-Hagar, Dakhla Oasis, Egypt: vibrational spectroscopic characterization, Rendiconti Lincei. Scienze Fisiche e Naturali, 30, pp. 735-746. 10.1007/s12210-019-00834-4
NEUGEBAURE, R.A. (1982). “The Zodiac Ceilings of Petosiris and Petubastis”, In Denkmäler der Oase Dachla, Aus Dem Nachlass von Ahmed Fakhry.
PAGÉS-CAMAGNA, S., COLINART, S. (2003). The Egyptian Green pigment: Its Manufacturing process and links to Egyptian blue, Archaeometry, 45(4), pp. 637-658. https://doi.org/10.1046/j.1475-4754.2003.00134.x
PLYUSNINA, E.E., SALLAM, E.S., RUBAN, D.A. (2016). Geological heritage of the Bahariya and Farafra oases, the central Western Desert of Egypt, Journal of African Earth Sciences, 116, pp. 151-159.
SCHIEGL, S., WEINER, K. L., EL GORESY. A. (1989). Discovery of copper chloride cancer in Ancient Egyptian polychromic wall paintings and faience: A developing archaeological disaster, Naturwissenschaften, 76(9), pp. 393-400.
SCOTT, D.A. (2016). A review of ancient Egyptian pigments and cosmetics, Studies in Conservation , 61 (4), pp. 185-2020. https://doi.org/10.1179/2047058414Y.0000000162
SOLTAN, M.E. (1999). Evaluation of ground water quality in Dakhla Oasis (Egyptian Western Desert), Environmental Monitoring and Assessment, 57, 157-168.
VALLANCE, S.L. (1997). Applications of Chromatography in Art Conservation: TechniquesUsed for the Analysis and Identification of Proteinaceous and Gum Binding Media, Analyst, 122, pp.75-81.
WHITEHOUSE, H. (1998). ‘Roman in Life, Egyptian in Death: The Painted Tomb of Petosiris in the Dakhleh Oasis’, In Kaper, O. E. (ed.), Life on the Fringe: Living in the Southern Egyptian Deserts during the Roman and Early Byzantine Periods. Proceedings of a Colloquium held on the Occasion of the 25th Anniversary of the Netherlands Institute for Archaeology and Arabic Studies in Cairo, 9-12 December 1996 (CNWS 71 = CNVIC 2; Leiden, 1998), pp. 253-270.
Os autores conservam os direitos de autor e de propriedade intelectual e garantem à revista Ge-Conservación o direito de edição e publicação do trabalho, sob a Creative Commons Attribution License. Este permite a partilha do trabalho, por outros, com o reconhecimento da autoria do trabalho e da publicação inicial nesta revista.
Os artigos podem ser utilizados para fins científicos e formativos, mas nunca com fins comerciais, expressamente, sancionados por Lei.
A informação existente nos artigos é da exclusiva responsabilidade dos autores.
A revista Ge-Conservación e os autores podem estabelecer, em separado, acordos adicionais para a distribuição não exclusiva da versão da obra publicada na revista (por exemplo, colocá-la num repositório institucional ou publicá-la em livro), com o reconhecimento da sua publicação inicial nesta revista.
É permitido e incentivado aos autores difundirem os seus trabalhos, electronicamente (por exemplo, em repositórios institucionais ou no seu próprio site) depois da sua publicação na revista Ge-Conservación, já que pode dar lugar a intercâmbios produtivos, assim como a citações mais amplas e mais cedo dos trabalhos publicados pelo autor.
Os dados pessoais fornecidos pelos autores são utilizados, unicamente, para os fins da revista e não serão proporcionados a terceiros.